Os seres humanos ao longo do tempo tem vindo a enfrentar uma variedade de eventos e/ou situações de ordem natural, social, política, cultural e/ou religioso, que refletem sua interação com o meio ambiente e que envolve uma série de positivo e negativo em sua vida. Todo este processo contínuo e dinâmico ocorre devido a busca de maneiras de atender às necessidades básicas de subsistência, e uma gama de necessidades que aparecem de acordo com os pontos de vista e estilos de vida de cada indivíduo dentro do contexto social.





Assim, cada homem e/ou mulher busca desfrutar de suas realizações, experiências e cada um dos efeitos positivos produzidos pela sua interação com o ambiente família, trabalho, profissional e social, gerando respostas satisfatórias que se manifestam em suas emoções, reações, motivações, aspirações e objetivos de curto, médio e longo prazo. Por outro lado, também é essencial neutralizar, evitar ou minimizar os efeitos negativos causados por este processo de inter-relação com os elementos presentes em seu ambiente.

Estamos na presença dos particulares face a um meio que permite operar, ter sucesso ou falhar, obter conquistas ou permanecer trancado em tentativas, e quando isso acontece aparecem reações muitas vezes negativas que causam desequilíbrio em suas vidas diárias, comportamento descontrolado, atitudes desfavoráveis e estados emocionais adversos que influenciam diretamente a saúde mental e física.

Nesse sentido, no nível evolutivo o homem tem criado mecanismos complexos que lhe permitiram se adaptar a diferentes ambientes e circunstâncias, através de sistemas de defesa que alertam de potenciais riscos e consequências negativas para sua vida. Assim, desde o ponto de vista psicológico, um desses sistemas é a famosa ansiedade, que enche milhões de pessoas no mundo com incerteza e desconforto.

Muitas pessoas que leem este artigo algum dia sentiram nervosismo, estresse e/ou ansiedade em certas situações, como quando apresentamos um exame importante na faculdade, em uma operação cirurgia, esperando urgentemente um empréstimo bancário, para o nascimento de uma criança, entre muitas outras circunstâncias, mas a bem conhecida e discutida ansiedade torna-se um sistema de alerta precoce do corpo a este tipo de eventos que ameaçam de uma forma ou de outra a nossa vida, onde ganhar ou perder faz parte do risco, ligando-se à ansiedade com a percepção de ameaça e à disposição de respostas para neutralizá-lo.

Então, quando as ameaças aparecem em nosso ambiente, você acha que a ansiedade deve aparecer para nos alertar? A ansiedade é necessária para você amigo (ou) leitor? Muitos de vocês estarão pensando, naturalmente, não, não devemos sentir ansiedade, deve se controlar, entre outras declarações e/ou abordagens, e não sem razão, mas a ansiedade se torna negativa quando ultrapassa os limites.

A explicação a seguir pode fornecer respostas para suas perguntas. De acordo com explicações científicas, a natureza das ameaças ou adversidades é importante para que a ansiedade apareça como um sistema de defesa de um organismo, e será útil confrontar ou atacar o possível perigo ou problema; fugir dele, evitar situações adversas, ativar atitudes submissas ou passivas diante de comportamentos agressivos no meio ambiente, buscar apoio, elementos de segurança e proteção; nos fornece das ferramentas ou conhecimentos que facilitam a realização dos objetivos.

Mas quando o nível de ansiedade é muito elevado, ela pode se tornar um inimigo muito perigoso, longe de nos ajudar a enfrentar problemas de forma positiva, nos imerge em um mar de confusão, falta de controle, incerteza e caos que poderia trazer graves problemas para a saúde mental e física de qualquer pessoa.

Nesse contexto, é necessário entender que a ansiedade envolve três tipos de aspectos ou componentes. Primeiro, é o aspecto cognitivo, manifestada pela existência de antecipações ameaçadoras, pensamentos automáticos negativos, avaliações de risco, exagero de situações, imagens importunas, entre outros.

Em seguida, encontramos os aspectos fisiológicos, que estão presentes através da ativação de vários centros nervosos, especificamente do sistema nervoso autônomo, que traz consigo alterações vasculares, respiratórias, entre outras.

Finalmente, encontram-se os componentes motores e de conduta, que se manifestam como inibições ou sobre ativação motora do corpo, em reações de paralises do corpo por exemplo, ou movimentos contínuos do mesmo, bem como comportamentos defensivos de submissão ou pelo contrário de agressividade, em um processo de busca de segurança diante as circunstancias contrarias ou situações de incertezas.

Agora, estes componentes ou aspectos podem ativar-se com certa independência, provocando um nível de ansiedade com a intervenção de estímulos externos ou derivados de situações em volta do indivíduo, bem como estímulos internos dele, como por exemplo, percepções, sensações e/ou pensamentos que evocam imagens, lembranças e/ou estados emocionais diversos, cujo controle dependerá exclusivamente das caraterísticas da pessoa, suas atitudes e capacidade do autocontrole.

Portanto amigos(as) quando ouçam falar da ansiedade, ou pensem nela, não deduzam automaticamente que a pessoa referida está afetada negativamente, já que existe a tendência a afirmar por exemplo que “sofre de ansiedade”, “a ansiedade está matando”, entre outras expressões; e no entanto se generaliza esta situação diante a presença da mesma. Pensem primeiro, em que a ansiedade se trata de um sistema de alerta, de um mecanismo que facilita nosso relacionamento com o entorno, para preservar os interesses do indivíduo e da espécie.





Além disso, muitos dos nossos sucessos, realizações e situações favoráveis, em parte devido à ansiedade que nos permitiu alcançar resultados positivos em determinados eventos, evitando as pessoas, atividades ou lugares perigosos, tentando não chegar atrasado no trabalho, assumindo atitudes adequadas Conflitos, concentrando-se e preparando-se para assumir um desafio, apresentar um exame, assumir a melhor atitude em uma entrevista de emprego, buscando apoio para resolver um problema, minimizando os obstáculos e assim por diante.

Assim, bem como a dita ansiedade é necessária para nos exigir mais, permitir-nos crescer pessoalmente, profissionalmente e socialmente, porque nos alerta em situações que, posteriormente, nos desempenhemos de forma eficiente de acordo com as exigências e oportunidades que o ambiente nos proporciona também de nossas próprias habilidades e interesses, tornando-se desejável possuir um certo estado de alerta, para gerar uma excitação psicológica e fisiológica mínima para produzir resultados satisfatórios, pois caso contrário, teríamos de agir lentamente, desconcentrada, desatento, em situações que exigem alta capacidade antecipação e resposta.

Portanto, quando a ansiedade mantém níveis adequados que não estão presentes manifestações sintomatológicos em elevados níveis, tais como mudanças psicológicas e fisiológicas exageradas, gerando respostas sensoriais que envolvem alguns receptores como dor, pressão e temperatura.

Neste ponto, deve ser mencionado que muitos investigadores estudaram a relação entre o nível de ativação fisiológica e psicológica do corpo, através do qual a ansiedade está presente, e a capacidade do indivíduo para enfrentar eficazmente e se desenvolver no ambiente.

De acordo com essas investigações, determinou-se que o melhor desempenho é alcançado com níveis médios de ativação da ansiedade, pois quando ultrapassa determinados limites, torna-se um risco latente para a saúde do indivíduo, impedindo o estado de bem-estar, afetando negativamente o desenvolvimento familiar, social, laboral e/ou intelectual, atingindo extremos nos quais a liberdade de movimento e as escolhas pessoais são limitadas.

É lá quando você passa um sistema nervoso simples de um estado de desordem perturbador que afeta a saúde física e mental do problema individual, tornando estes dois parâmetros: o sofrimento e incapacitação que adiciona limitações significativas para as pessoas que sofrem, atingindo o extrema em alguns casos para isolá-la de seu ambiente social habitual.

De acordo com essas abordagens, a ansiedade nesse ponto torna-se em transtornos envolvendo fatores predisponentes, ativadores e de manutenção. Primeiro, os fatores pré-ajuste são aquelas variáveis biológicas e constitucionais, hereditários ou não, aumentando a probabilidade de que uma pessoa que sofre de transtornos de ansiedade níveis em abordar certas situações que poderia ser normal para outra pessoa, e por sua vez, Dependem da personalidade do indivíduo, da sua história de vida, que é condicionada pelos fatores biológicos e pelo aprendizado que adquiriram.

Neste sentido, esses fatores não representam ansiedade ou condenam o indivíduo necessariamente a sofrer, mas são indicadores de níveis de vulnerabilidade que determinam quão sensível é uma pessoa na presença da ansiedade e quão capaz ela é ao enfrentá-la, havendo pessoas em estado de pré-alerta em situações externas e internas, além de prefigurar estados de prováveis respostas defensivas.





Posteriormente, esses níveis de predisposição dão lugar aos fatores ativadores representados por eventos, situações ou circunstâncias que ativam o sistema de alerta, bem como a capacidade de responder a eles.

Desta forma, dois tipos de problemas que provocam ansiedade podem ocorrer. O primeiro tipo tem a ver com a obstrução ou impedimento de planos, desejos ou necessidades, que são desenvolvidos e se querem acabar, por exemplo, passar um exame, passar em uma entrevista de emprego, a concessão de uma permissão, entre outros. O segundo tipo de problemas está relacionado à possível problematização dos objetivos e conquistas já alcançados e que fazem parte das condições, estilo de vida e status.

O terceiro grupo de fatores são os de manutenção, que surgem quando os problemas que a ansiedade gera não são resolvidos satisfatoriamente, podendo-se dizer que atingiu limites de desordem com probabilidades de aumento. Dessa forma, quando a ansiedade aparece na presença de fatores predisponentes e, posteriormente, é acentuada pelos fatores ativadores, ela pode se tornar excessiva e sustentada ao longo do tempo e levar ao surgimento de problemas de saúde, que por sua vez podem aumentá-la.

ALFA