No mundo do humano ao longo da história das relações humanidade, geralmente tem conflitos, em maior ou menor grau, atrapalham o desenvolvimento normal das atividades, reuniões e eventos, a ponto de causar guerras entre classes, grupos étnicos presentes, países e mesmo em todo o mundo, como a I e II Guerra Mundial, que trouxeram morte e sofrimento a milhões de pessoas.

Esta série de conflitos pode ser gerada por diferentes causas, mas a falta de comunicação desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de situações que aos poucos causam o conflito como tal. Assim, a comunicação como um processo de troca de informações é essencial para encontrar soluções para os problemas em família, trabalho, esfera social, política e religiosa, o que requer um ou mais transmissores transmitam mensagens aos receptores que posteriormente se tornam emissores.

É assim que esse processo deve garantir que os emissores se tornem receptores e vice-versa, para considerar que realmente houve comunicação. Se não for possível estabelecer essa relação e troca, considera-se que a comunicação não existe, porque impuseram-se barreiras à comunicação, em muitos casos, infelizmente, acabam prevalecendo, mantendo conflitos e até mesmo aprofundá-los, tais como casos de guerras e eventos violentos eles geraram perdas humanas e de todo tipo ao longo da história da humanidade.

Neste contexto, os homens fizeram tentativas para melhorar as comunicações entre si e de estudos emergentes, como a teoria da comunicação, que foi proposta pela primeira vez por Aristóteles no período clássico, e argumenta que todos os seres vivos no planeta têm a capacidade de se comunicar.

Aristóteles também explicou que essa comunicação é através da linguagem verbal, o uso de símbolos, movimentos, sons, mudanças físicas, gestos, entre outros, de acordo com o seu modelo, o emissor é o principal elemento na comunicação, porque considerado como o único que garante que a comunicação seja eficaz.

Assim, Aristóteles afirmou que o emissor deve preparar cuidadosamente a mensagem, estruturando-o organizadamente, a fim de influenciar o receptor positivamente e tornar a comunicação eficaz para ambas as partes, dando assim importância significativa para a mensagem como um recurso e/ou veículo dentro deste processo.

Mais tarde, durante o período clássico Cícero foi responsável por estabelecer os cânones da retórica como modelo de comunicação, determinando que há um processo em que qualquer mensagem deve cumprir; que vai da invenção da mensagem, esquema ou disposição da mesma, a elocução ou estilo, a memória e, finalmente, a pronúncia através do qual se entrega a mensagem ao receptor.

É, desta forma, como Cícero e outros romanos desenvolveram os padrões de comunicação utilizados para fazer o código legal romano, além de realizarem estudos sobre o uso de elementos não-verbais, como gestos corporais, para persuadir os receptores durante o processo de comunicação verbal.

Ao longo dos anos, novas teorias e abordagens que foram úteis para a estabelecer modelos de comunicação eficaz que conhecemos hoje, e que são essenciais para a resolução de conflitos em todas as áreas da vida, de um conflito familiar simples ou disputa trabalhista, até mesmo conflitos armados entre as nações.

Dentro da gama de teorias, o racionalismo aparece nos anos 1600-1700, que traz contribuições importantes como a teoria do conhecimento, em que Jean-Jacques Rousseau para discutir o contrato social como um meio para estabelecer a ordem na sociedade. Enquanto isso, Descartes confiava no empirismo para propor ideias a fim de conhecer o mundo a partir da experiência.

Cada uma dessas contribuições, deram ao estudo das comunicações as primeiras teorias científicas propostas no século XX, como as ideias de George Hegel que propôs uma filosofia baseada na dialética, que influenciam mais tarde Karl Marx a desenvolver o seu estudo da dialética e da crítica das teorias da comunicação, que marcavam as diretrizes naquele momento e que ainda hoje são discutidas e analisadas.

Assim, se estabelece uma teoria da comunicação desperta o interesse de vários pensadores da época, como Charles Sanders Pierce, que fundou os princípios da semiótica que influenciam a interpretação dos sinais, linguagem e lógica hoje. Enquanto isso, Sigmund Freud estabelece as bases para um estudo racionalista e empirista do homem como uma entidade social, tendo um aumento significativo não-verbal desde o estabelecimento da comunicação gestual como uma comunicação linguagem universal.

Enquanto isso, Ferdinand Saussure publicou durante o século XX um tratado geral sobre a linguística, o que daria a base para o estudo da linguagem e comunicação usado hoje, e Charles Morris estabelece um modelo para dividir semiótica no semântico, sintático e pragmático, que permite um estudo profundo da linguagem na comunicação verbal.

A meados do século XX aparecem estudos cognitivos sobre a comunicação, destacando a importância da linguagem não-verbal, o fenômeno das massas, bem como teorias de aprendizagem como parte do desenvolvimento cognitivo e linguístico, que introduz elementos-chave no processo de comunicação, e que facilitam a superação das barreiras de comunicação.

Em um estudo de Crocker 1988, estabeleceu-se que 80% das horas de trabalho de um gerente se concentra na comunicação verbal, o que demonstrou a importância de ser ouvido por um grupo de pessoas que formam uma entidade empresarial, bem como comprovação de que a comunicação eficaz é uma das habilidades gerenciais fundamentais no gerenciamento de negócios.

Segundo Littlejohn, 2009, “no século XXI, a pedagogia da comunicação cognitiva aparece como uma abordagem crítica dos sistemas educacionais baseados na comunicação”. Consequentemente, pode-se dizer que esta pedagogia permite mudanças significativas nas comunicações, que são geradas pelos avanços nas telecomunicações, dando lugar a interações menos pessoais com a chegada da Internet no século XX e seu desenvolvimento gradual do uso de redes sociais no século XXI.

Em geral, o desenvolvimento da teoria da comunicação que conhecemos hoje é realizado de acordo com a conjugação de uma série de elementos, dentro dos quais o emissor é aquele que emite a mensagem, enquanto o receptor a recebe e interpretá-lo, a mensagem, por sua vez, representa a informação que se deseja transmitir através de um canal ou meio, que utiliza um código ou conjunto de sinais e regras que, formando uma linguagem, ajudam a codificar a mensagem.

Além disso, o contexto é também um dos elementos fundamentais da comunicação, uma vez que representa o conjunto de circunstâncias (lugar, tempo, estado anímico dos interlocutores, etc.) que existem no momento está havendo comunicação, para que o feedback esteja finalmente presente, o qual é gerado quando o receptor retorna informações após receber a mensagem do emissor, tornando-se o próximo emissor da mensagem, até que um ciclo de envio de mensagem esteja completo e com ele o processo de comunicação.

Portanto, os amigos(as) leitores, se desejarem resolver conflitos, devem estar atentos à importância da comunicação efetiva no âmbito da interação social, evitando barreiras de comunicação que dificultam ou dificultam a compreensão, devido a interpretação de mensagens e feedback tão necessário para alcançar resultados satisfatórios.

É claro que quando ocorrem conflitos de qualquer espécie, as barreiras de comunicação, como por exemplo: o barulho, os pensamentos desestruturados, não ter claro o que você quer dizer e como dizer, mal-entendidos, o desconhecimento do receptor, pode transmitir informações que o receptor não pode descodificar, a ignorância do conteúdo, a falta de confirmação, o tom de voz, as diferenças culturais, a atitude do receptor, entre outros.

Então, vamos fazer uma série de recomendações para que elas atinjam uma comunicação que seja eficaz e leve uma vida mais fluida, menos complicada, onde boas relações pessoais, familiares e profissionais prevaleçam e, portanto, possam contribuir mais para as comunidades e a sociedade em geral.

Vamos começar ouvindo atentamente o que as outras pessoas dizem, uma vez que, na hora de um conflito, os mal-entendidos podem piorar as coisas, daí a importância de conhecer suas opiniões e como elas reagem. Por outro lado, eles devem observar bem os destinatários de suas mensagens, porque cada indivíduo é diferente, mas se nós conhecemos os seus interesses e níveis, podemos nos colocar no seu lugar, a fim de desenvolver-nos adequadamente face às circunstâncias do momento, sem complicar a situação e minimizar o conflito.

Também devemos ser claro e específicos, concretos e concisos, não divagar sobre explicações que podem embaraçar a situação, e também é necessário conhecer as informações e ser bem documentado sobre o assunto a ser discutido, porque se não iremos nos tornar uma barreira de comunicação em vez de fornecer soluções para o conflito.

Durante todo este processo, devemos propiciá-lo em um ambiente adequado para evitar elementos que dificultem o processo e, assim, conseguir uma comunicação tão necessária na vida cotidiana, em todas as áreas em que atuamos, tão fundamental para o mundo, a paz e o equilíbrio, porque se soubermos como conseguir uma comunicação eficaz em nossas vidas, poderemos encontrar paz, tranquilidade, eficiência em nosso trabalho, enfim, uma vida mais fluida e satisfatória.

ALFA