As pedras preciosas sintéticas têm existido no mundo da joalheria desde o final do século XIX. Atualmente e por várias razões, elas são estabelecidas como uma opção a ser considerada quando se fala de jóias de grande qualidade e beleza.
Isto se deve em grande parte ao aperfeiçoamento dos métodos de síntese, o que permitiu a produção de pedras preciosas sintéticas, com a mais alta pureza. Também com excelente saturação de cor e outras propriedades ópticas que podem até mesmo superar as pedras preciosas naturais.
Todavia, apesar de não serem tão novas para a joalheria, as pedras preciosas sintéticas ainda têm uma reputação duvidosa devido às suas origens. Já que muitas pessoas ainda não entendem o que são. Assim, para trazer alguma clareza sobre o assunto, aqui lhe trazemos mais informações sobre as mesmas.
O que são pedras preciosas sintéticas?
No caso de muitas pessoas, ouvir as palavras “sintético” e “feito pelo homem” é sinônimo automático de algo falso. Da mesma forma, muitas pessoas acreditam que quando falamos de pedras preciosas sintéticas, estamos falando de pedras preciosas falsas ou que elas são feitas de vidro.
Esta é uma idéia bastante errada no que diz respeito às pedras preciosas sintéticas. Mesmo sendo pedras preciosas que podem ser fabricadas em laboratório, têm a mesma composição mineral que uma pedra preciosa natural. Ou seja, são pedras preciosas reais que podem ter as mesmas características químicas, óticas e físicas de suas contrapartidas naturais.
Por exemplo, a única diferença entre um diamante natural e um diamante criado em laboratório é a forma como o carbono foi comprimido em uma jóia, seja pela natureza ou pela tecnologia. Mas como já mencionamos, as pedras preciosas sintéticas podem até mesmo superar as propriedades naturais de uma pedra preciosa.
Evidentemente, um processo que leva a natureza milhares de anos, o homem imita-a em um ambiente controlado em questão de meses. Assim, é possível controlar produtos químicos, minerais, temperatura e pressão para “crescer” cada pedra preciosa.
Por que então eles não são tão populares?
As pedras preciosas sintéticas são exatamente as mesmas que as naturais em termos de composição química. Ainda existem percepções negativas e uma delas é que elas são pedras artificiais. Por isso, muitas pessoas desfrutam mais das conotações românticas que uma pedra natural tem, apesar de ter inclusões e defeitos. Estas são parte da identidade de uma pedra preciosa natural e a distinguem do resto das gemas.
Todavia, as pedras preciosas sintéticas têm seus próprios benefícios. E hoje, graças a um grupo crescente de clientes com hábitos de compra e valores particulares, eles estão se tornando cada vez mais populares.
Pedras preciosas sintéticas: Os prós
Excelente qualidade
Graças à forma como são criadas, elas são quase perfeitas e impecáveis em termos de cor e clareza. Assim, é mais fácil obter uma safira sintética no mundo das jóias que tem uma cor azul real e é limpa. Seria de se esperar, por exemplo, comprar uma safira natural que tenha as mesmas características.
Grande acessibilidade econômica
A compra de pedras preciosas naturais pode ser mais cara do que a compra de pedras preciosas sintéticas, e ainda mais se estivermos falando de espécimes maiores e de melhor qualidade. Isso é devido às dificuldades e possibilidades limitadas de obtenção de pedras naturais com essas características. Isso faz com que seu preço aumente consideravelmente.
Já as pedras preciosas sintéticas podem ser facilmente fabricadas sob certas especificações particulares. Ao qual devemos acrescentar que há uma grande oferta no mercado.
Ecologicamente sustentável
Não é segredo que o processo de extração de pedras preciosas naturais e particularmente o processo de mineração de diamantes é prejudicial ao meio ambiente. É a causa de problemas como a erosão do solo, o desmatamento e, é claro, a poluição da água.
Ainda que atualmente existam regulamentações que procuram reduzir o impacto desta atividade sobre o meio ambiente. Torna-se extremamente difícil controlar toda a cadeia produtiva e há fornecedores que ainda utilizam métodos antiéticos para obter suas pedras preciosas.
No caso das pedras preciosas sintéticas, são obtidas sob condições que envolvem produtos químicos e máquinas em um ambiente completamente controlado. De fato, os requisitos tecnológicos, incluindo o equipamento e a experiência necessários para fabricar pedras preciosas sintéticas, limitam sua produção a poucas pessoas.
Eticamente responsável
Certas jóias naturais, e especialmente entre elas, diamantes extraídos em países africanos devastados pela guerra, têm uma má reputação. Foram utilizados para financiar conflitos armados, como a guerra civil em Serra Leoa.
Apesar de rastrear a origem dessas pedras preciosas e impedir que elas continuem a financiar tais atividades, foram criadas iniciativas responsáveis como o processo Kimberly. São cada vez mais os clientes que evitam comprar pedras preciosas naturais se não souberem sua origem. Já as pedras preciosas sintéticas são uma excelente maneira de desfrutar de jóias lindas e brilhantes, sem ter que nos questionar sobre sua origem, já que sabemos exatamente de onde elas vêm.
Pedras preciosas sintéticas: As contras
Baixo valor de revenda
As pedras sintéticas são menos valiosas em comparação com suas contrapartidas naturais, porque são facilmente obtidas. Isto é algo que devemos levar em conta se quisermos vender algumas peças com gemas sintéticas no futuro, uma vez que também significa um valor de revenda mais baixo.
Aparência impecável demais
Se bem que as gemas naturais sejam formadas ao longo de muitos anos e em alguns casos o processo leva milhares de anos. O que os torna especiais são as imperfeições que eles possuem, sem dúvida uma característica pela qual muitas pessoas os preferem.
No entanto, no caso das pedras preciosas sintéticas, apesar de poderem ser criadas para imitar este aspecto, as pedras preciosas que encontramos no mercado massivo, a maioria delas tem uma estética muito clara e perfeita. Algo que pode desencorajar os compradores que gostam de ver as inclusões em suas jóias.
ALFA